Donzela Guerreira / Grupo Anima
animamusica.art.br
discogs.com
Selo SESC
2009
[64:41]
Ato I: O Tempo Mítico (Anima)
1. Visão [2:40]
fragmentos de canto do cipó (liana song),
povo Kaxinawá — Acre
2. O frondens virga [2:27]
Hildegard von Bingen (1098-1179)
antifona in Symphonia harmoniae caelestium revelationum
3. Alvoradinha [2:12]
Caixeiras do Divino Espirito Santo (The Drummers of the Holy Spirit) do Maranhão, tradição oral
Fragmentos da versão interpretada em 2002 pelas caixeras da família Menezes
4. Rosa das rosas [3:47]
CSM 10
Dom Afonso X, o sábio (1221-1284)
5. Nossa Senhora da Guia [2:19]
Caixeiras do Divino Espirito Santo do Maranhão, tradição oral
Fragmentos da versão interpretada em 2002 pelas caixeras da família Menezes
6. Ave Maria | Tupã Cy [4:57]
anônimo gregoriano | improvisação sobre Ave Maria
em língua Tupi |
fragmentos e improvisação sobre
Hildegard von Bingen (1098-1179),
responsório Ave Maria in Symphonia
harmoniae caelestiumn revelationum
Ato II: O Sangue Fecunda a Terra (Animus)
7. Corra sangue pela terra [2:09]
congada de São Sebastião, tradiçáo oral — São Paulo
Fragmentos da embaixada segundo versão interpretada em 2001 por
Paulo do Nascimento (Principe), Buiú (Secretário) e
Josué Fortunato (Rei de Congo).
Associação
Cultural Congadeiros do Bairro de São Francisco, São
Sebastião.
8. Romance da Donzela Guerreira [3:05]
(parte 1) — Romance (tradiçâo oral). Segundo
versão interpretada por Elizabete Ferreira Barbosa, Tia Beta,
recolhida por Roberto Benjamin, Bráulio do Nascimento e Altimar
Pimentel, Cabedelo — Paraiba
9. Arvoredos [2:28]
Coco (tradição oral). Segundo versão interpretada
por Chico António,
coletada em 1928 por Mário de Andrade — Rio Grande do Norte
10. Lai | Fogo [2:37]
Gautier de COINCI (1177-1236) — Congos do Rio Grande do Norte
(tradição oral).
Segundo versão interpretada em
1999 por Sérvulo Teixeira, contramestre dos Congas de São
Gonçalo do Amarante.
11. Ñaumu [1:40]
fragmentos e improvisação sobre texto do povo Yanomami — Roraima
12. Estampie Belicha [3:22]
anónimo, séc. XIV, LBM add. 29987
13. Aboio de Arribada [2:39]
Aboio (tradição oral). Segundo versão interpretada
por Sebastião Crisóstomo em 1978,
coletada por Marlui
Miranda — Rondônia
14. Calanguinho [3:23]
José Eduardo Gramani (1944-1998)
15. Mandado de Rainha Ginga [0:50]
Congos do Rio Grande do Norte (tradição oral). Segundo
versão interpretada em 1999 por Sérvulo Teixeira,
contramestre dos Congos de Sio Gonçalo do Amarante.
16. Rainha Ginga [3:01]
Congos do Rio Grande do Norte (tradição oral). Segundo
versão interpretada em 1999 por Sérvulo Teixeira,
contramestre dos Congos de São Gonçalo do Amarante
Ato III: A Revelação e o Encontro (Animus e Anima)
17. La Guerriera [3:57]
trechos de ballata (tradição oral italiana).
Versão interpretada por Armando Animobono Mancini, registrada em
Jesi, 20 de novembro de 1986.
Publicada pela primeira vez na
Itália por Constantino Nigra, em 1854.
Extraída do CD
Silenzio, Canta La Macina! — La macina canta trent anui della sua
storia: 1968-1998
18. Donzela Que Vai para a Guerra [5:14]
Romance da Donzela Guerreira (parte 2). Trechos da segunda parte do
romance (tradição oral)
recolhido por Rossini Tavares de
Lima, 1953, BA. Anotado no Romanceiro Folclórico do Brasil, pp.
79-81 — Bahia
19. Eremona [5:15]
fragmentos de canto do ritual Bep, povo Mebengokrê — Pará
20. Mandad'ei comigo [6:31]
Martin CODAX, séc. XIII
( + Par Deus, coitada vivo – Pero Gonçalvez Portocarreiro )
Grupo Anima
GISELA NOGUEIRA — viola de arame | Brazilian baroque guitar
LUIZ FIAMINGHI — rabecas brasileiras, vielle | Brazilian fiddles, vielle
MARILIA VARGAS — soprano
MARLUI MIRANDA — voz e percussão | voice and percussion
PAULO DIAS — percussão | percussion
SILVIA RICARDINO — harpa medieval | medieval harp
VALERIA BITTAR — flautas-doce históricas e flauta
indígena brasileira | historical recorders and Brazilian
indigenous recorder
Gravado no Estúdio Sala Viva — Espaço Cachuera!, em
São Paulo, entre os dias 11 e 17 de julho do ano de 2009
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O CD e DVD, DONZELA GUERREIRA, trafega no espaço
imaginário entre fronteiras diversas: tradição
oral brasileira/música medieval européia;
erudito/popular; contemporâneo/histórico;
feminino/masculino.
Através do diálogo musical entre culturas distantes no
tempo e no espaço, o Grupo ANIMA constrói um roteiro
dramático, baseando seu repertório em leituras inovadoras
da música de Hildegard von Bingen (séc. XII), da
música ancestral das mulheres indígenas, das
versões iberoamericanas do romance da Donzela Guerreira, das
tradições afro-brasileiras do Congado, das Caixeiras do
Divino e de cantigas de amigo de trovadores portugueses.
Conceitualmente coloca os atributos da DONZELA GUERREIRA como norteadores de seu roteiro dramatúrgico-musical.
O espetáculo parte do princípio de que o mito da Donzela
Guerreira traça o caminho da experiência humana de
conciliação e encontro entre os polos opostos, anima e
animus – feminino e masculino - aparentemente
irreconciliáveis.